terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A Ocean Cleanup escolhe a DNV GL para certificar a origem do plástico oceânico

Ao longo de 18 meses, a DNV GL trabalhou com a The Ocean Cleanup para estabelecer um conjunto de requisitos e processos de verificação, projetados para permitir a confiança e a transparência do consumidor, no crescente mercado de plásticos oceânicos
 A Ocean Cleanup, organização holandesa sem fins lucrativos que desenvolve tecnologias avançadas para limpar os oceanos do mundo do plástico, levou para terra , o primeiro lote de plástico oceânico recolhido na sua primeira missão no Great Pacific Garbage Patch, a maior acumulação de resíduos de plástico do mundo, abrangendo uma área de 1,6 milhão de quilómetros quadrados.

Esse lixo plástico será transformado em produtos que serão vendidos para contribuir com o financiamento da continuação das operações de limpeza. Para confirmar a origem desses futuros produtos plásticos, a The Ocean Cleanup selecionou a DNV GL como seu parceiro de garantia para verificar se o plástico é proveniente do oceano.
 Para haver transparência ao mercado, pedimos ao líder dos organismos de certificação, a DNV GL, que lançasse um padrão, para certificar que o plástico oceânico é realmente 100% retirado do oceano. A DNV GL seguiu todas as etapas do plástico oceânico e continuará a fazê-lo, para poder confirmar se o plástico de nossos produtos realmente é 100% proveniente do oceano ”, afirma Boyan Slat, fundador e CEO da The Ocean Cleanup.


Com o objetivo principal de financiar as operações de limpeza, a The Ocean Cleanup planejou, desde o início, criar uma cadeia de valor a partir de seus detritos recolhidos. A intenção era desenvolver produtos atraentes e sustentáveis, feitos com material apanhado no Great Pacific Garbage Patch. A chegada a terra da primeira captura plástica do The Ocean Cleanup marca o início dessa jornada histórica. Até o momento, nenhum produto no mercado é totalmente feito de plástico removido do alto mar, provando ser outro empreendimento desafiador para a organização.
Não é obrigatório que uma terceira entidade independente verifique se o material é originário do oceano e que os produtos rotulados como “plástico oceânico” podem não ser inteiramente originários do oceano. Para adicionar mais transparência ao trabalho, a origem do material usado nos produtos da The Ocean Cleanup será verificada pela DNV GL, líder em certificações do setor.



Durante um ano e meio, a DNV GL desenvolve um conjunto de requisitos e processos de verificação. Esses processos permitem o mais alto nível de rastreabilidade e esclarecem como o plástico oceânico é definido, trazendo transparência a esse mercado em rápido desenvolvimento. Como próximo passo, os requisitos serão desenvolvidos num padrão aberto a todas as partes interessadas na certificação de produtos de plástico oceânico. Isso garantirá que a origem dos plásticos recuperados seja definida e verificada, permitindo que os consumidores confiem que os produtos são feitos de plástico removido do oceano.

Nova tecnologia para a produção de hidrogénio 'verde'



Fonte//DNV.GL


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

IMO 2020, a grande mudança dos transportes marítimos

Entrarão em vigor no início do próximo ano, regras mais rígidas sobre as emissões de enxofre dos navios, sendo esta a maior mudança para as indústrias de petróleo e dos transportes marítimos das últimas décadas.



NT Nike em manobras no Porto Santo




A partir de janeiro de 2020, a Organização Marítima Internacional (IMO) proibirá os navios de usar combustíveis que tenham um teor de enxofre acima de 0,5%, (agora é de 3,5%). Esta proibição tem como objetivo reduzir a poluição atmosférica, contribuindo assim para a redução do aquecimento global e consequentes alterações climáticas.
Apenas os navios equipados com dispositivos de limpeza dos gases, conhecidos como lavadores, poderão continuar a usar o atual combustível com teor de enxofre de 3.5%, podendo os armadores também optar por outros combustíveis mais limpos, como o gás natural liquefeito (GNL), hidrogénio e o diesel marítimo,
O não cumprimento das imposições resultará em multas e em alguns casos a detenção das embarcações e, noutras situações, dependendo de cada país, pena de prisão, o que pode dificultar a conseguir requisitos indispensáveis, como os seguros.
Não será a IMO a fazer a fiscalização, mas sim as autoridades dos países e dos portos.


O novo combustível com 0.5% de enxofre, estará disponível?

As principais empresas petrolíferas, anunciaram que estão produzindo o combustível exigido, e os principais portos de abastecimento de combustível, como Singapura, Fujairah, e Roterdão, possuem já reservas significativas. Resta ver o que se passará nos portos de menores dimensões.
Ainda não se sabe qual o impacto dos combustíveis com muito baixo teor de enxofre, de 0,5%, nos motores dos navios, visto ainda não ter sido completamente testado, apesar de terem sido emitidas orientações para evitar a mistura de diferentes lotes de combustível, esta é uma questão que preocupa os armadores, especialmente depois do acontecido em 2018, quando houve uma grande contaminação de combustíveis nos bunkers.


Esquema de funcionamento dos lavadores de escape
Imagem Marineinsight

Os purificadores são a melhor opção para as restrições da IMO


Existe também a possibilidade de usar os lavadores, mas ainda existem dúvidas sobre se as autoridades portuárias podem restringir o uso de certos tipos de lavadores devido à incerteza que há sobre os efeitos das águas residuais que são deitadas para o mar.
Face a isto, a IMO aconselhou um estudo mais aprofundado sobre o impacto do uso dos lavadores para o meio ambiente.


Indústria marítima une esforços para uso de purificadores de escape


domingo, 15 de dezembro de 2019

A Brothers Aa desenvolve catamarãs de passageiros a hidrogénio

A Brothers Aa desenvolveu um novo design para embarcações de passageiros de alta velocidade e emissões zero, usando o como hidrogénio como combustível, o Aero 42 Hydrogen.
A Brothers Aa é líder no projeto e construção de barcos de passageiros de fibra de carbono de alta velocidade. A empresa também é líder em tecnologia de emissões zero e, no seu historial conta-se prestigiada e premiada embarcação “Future of The Fjords”, o primeiro barco turístico de emissões zero do mundo.


Aero 42 Hydrogen
Photo Fuelcellsworks

Ulstein projeta navio a hidrogénio para operações offshore


A empresa agora está investindo mais, segundo o CEO da Brothers, Tor Øyvin, continuam o trabalho para estar na frente. “Graças a funcionários e parceiros qualificados, estamos prontos para construir o que pode ser o primeiro barco de passageiros, rápido, a hidrogénio, da Noruega”, afirmou ele.
Dois dos novos navios farão um percurso de 95 milhas náuticas ligando Trondheim a Kristiansund. Terão capacidade para 275 passageiros e e navegarão á velocidade de 34 nós. A Brothers Aa optou pelo hidrogénio para propulsão porque é uma solução de emissões zero e tem a possibilidade de armazenar grandes quantidades de energia a bordo, fator este muito importante para ter um longo alcance.


Aero 42 Hydrogen
Photo Fuelcellsworks

Ulstein projeta navio a hidrogénio para operações offshore


O Aero 42 foi projetado para o futuro. O navio catamarã tem 42,8 m de comprimento e pode operar a 34 nós em distâncias de até 150 milhas náuticas. Para segurança ideal, as células de combustível e os tanques de armazenamento de hidrogénio são completamente isolados. O design tem os cascos de linhas finas o que  garante boa economia de energia. A seleção e o design do material tornam a embarcação muito leve, mantendo o conforto dos passageiros.



Aero 42 Hydrogen
Photo Fuelcellsworks

Lançado o primeiro transportador de hidrogénio liquefeito do mundo


O armazenamento seguro do hidrogénio é um desafio nas áreas portuárias. A Brothers Aa adiciou uma nova solução ao projeto Trøndelags numa estreita colaboração com o fornecedor nacional de hidrogénio Ocean Hyway Cluster, que está desenvolvendo o conceito inovador do Deep Purple para armazenamento de hidrogénio no fundo do mar.
O conceito permite armazenar grandes quantidades de hidrogénio em tanques no fundo do mar e distante do porto. O hidrogénio é alimentado no terminal do cais por meio de pipeline, e nos navios fica apenas com a quantidade de hidrogénio necessária. Isso evita qualquer risco de armazenamento de hidrogénio na área do cais.


Havyard desenvolve células de combustível de hidrogénio para navios de grande porte