O primeiro deverá aportar a ilha dourada no próximo dia 23
de abril. Trata-se de um navio novo, hibrido e estreante nestas paragens, mas de um operador
que opera no Porto Santo desde há alguns anos. Trata-se da Hurtigruten que
trará o “ Fridtjof Nansen”, que repetirá a escala a 08 de Maio.
Ainda em Maio, no dia 22 será a vez do “Artania”, que já por
diversas vezes visitou o Porto Santo.
Em Outubro, será a vez do “Amera”, que estará na ilha no dia
02.
Por fim no ultimo dia de Dezembro, o já bem conhecido, “Amadea” regressará
ao Porto Santo.
Nem tudo está perdido, e se estas escalas se concretizarem,
poderemos afirmar que será um ano “bom” para o sector dos cruzeiros no Porto
Santo
Sven Yrvind regressa ao Porto Santo
O bem conhecido navegador solitário, Sven Yrvind, está de volta ao Porto Santo, com o seu novo barco, Exlex, depois de uma viagem desde a
Horta, Açores, de onde saiu no passado dia 4 de Outubro.
A embarcação não dispõe de motor, contando apenas com as
velas e um remo, estando sempre muito dependente dos ventos e correntes.
Segundo o navegador, a reduzida velocidade média de dois
nós, não é impedimento para viajar. Gosta de estar só no mar e leva sempre uma
boa reserva de mantimentos, agua, e livros para se manter ocupado. Ainda
segundo o mesmo, as velocidades elevadas provocam estragos, e ele, depois de 78
dias a navegar, com situações de bom e mau tempo, não teve qualquer dano na
embarcação.
No dia 13 de Julho de 2016, a corveta "NRP Generel Pereira d'Éça" foi afundada ao largo do Porto Santo, a uma profundidade de 29 metros, afim de se tornar mais um recife artificial, nas vizinhanças do" N/M Madeirense", afundado para o mesmo fim em 2000.
Os trabalhos começaram logo pela manha. Por volta das sete e meia ja as maquinas e as pessoas estavam num burburinho normal para estas situações. Para colaborar na operação de afundamento da corveta, deslocaram-se ao Porto Santo os rebocadores da Apram "Ponta do Pargo" e "Boqueirão" o salva vidas do ISN "Sr. Jesus das Chagas", o salva vidas do SANAS "Salvador do Mar", e o Patrulha "NRP Cacine".
Depois de cerca de uma hora de atraso, a corveta largou o ultimo cabo e os dois rebocadores, um a proa e outro á popa afastaram-na do cais onde haviam decorridos os trabalhos de preparação para a conduzirem ao destino,
"Nearchos", ex "Lobo Marinho", um navio com história
Depois de posicionada, foram armadilhados os explosivos e também com um atraso de 40 minutos. deu-se a tão esperada explosão e a corveta afundou rapidamente, em nada se comparando com o lento afundar no ano 2000 do "Madeirense
Navio ja posicionado mas com orientação diferente do seu vizinho Madeirense,, tendo a corveta ficado com a proa virada para sudoeste e o Madeirense para nordeste como documenta uma foto do afundamento do Madeirense
Depois de ter estado em operações de carga no Caniçal, o
porta contentores “Rebecca S” zarpou as 17.40 rumo ao Porto Santo, onde atracou
por volta das 20.30.
De imediato começaram as operações de descarga e carga que
se prolongaram até as 0.00h, tendo depois o navio partido para Lisboa.
O “Rebecca S” é a mais recente aquisição da GSLines, e
depois da reparação a que foi submetido apresenta um novo visual, com as gruas
pintadas de azul, e o logotipo da GSLines pintado no costado e no casario por
baixo da asa da ponte.
Rebecca S atracando no Porto Santo: Photo //Elvio Leão
O porta contentores está a fazer a ligação quinzenal com o
Porto Santo, anteriormente efetuadas pelo ”Funchalense 5”, escalando a ilha
dourada normalmente á sexta-feira, sendo que esta semana sofreu um atraso.
Rebecca S em operaçoes de descarga: Photo// Elvio Leão
"Nearchos", ex "Lobo Marinho", um navio com história
O "Nearchos", ex "Lobo Marinho", apesar dos seus 52 anos, idade considerável
para um navio, continua a operar na Grécia, como cargo ferry, depois de grandes
alterações efetuadas, para uma nova etapa da sua longa vida.
Este navio foi construído em 1967 em Alborg, Dinamarca tendo
sido entregue á FredOlsen Lines em 1968
com o nome de “Christian IV “
Em 1984 foi vendido á Perbadan National Shiping Line da Malásia
e batizado de “Pernas Safari”. Em 1994 foi vendido á Safari Lines e mudando o
nome para “Safari”.
Em 1996 foi vendido á Porto Santo Lineoperando na linha Funchal Porto Santo até
2003,tendo mudado o nome para “Lobo Marinho 1”, devido ao registo do “Lobo
Marinho” novo, passando depois a operar para a Cabo Verde Line, como nomede “Lobo Dos Mares” operando em Cabo Verde
uma época sendo depois vendido para a Coreia do Norte onde foi batizado deMenhir.
Em 2016 foi adquirido pela Creta Cargo Lines que o transformou
cargo ferry em open deck, e batizando-o de “Nearchos”.
Apesar de apresentar uma silhueta diferente continua um
navio bonito e robusto e agora apto para mais uns anos de operação, se
conseguir sobreviver a esta crise provocada pelo COVID-19.
A Porto Santo Line implementou um sistema integrado de reservas e check-in marítimos da Carus.
A Porto Santo Line, empresa que opera entre as ilhas da Madeira e Porto Santo com
o ferry Lobo Marinho, usa agora o CarRes para gestão das reservas on-line, agencias de viagens, assim como para passageiros e check-in de veículos.
“Escolhemos a solução CarRes da Carus porque estávamos certos de que ela
atenderia aos altos padrões de qualidade que a Porto Santo Line se esforça para
alcançar todos os dias numa linha caracterizada não apenas pelo turismo, mas
também no serviço público para residentes, ”afirmou Rui
Gouveia, diretor geral da Linha do Porto Santo.
A Porto Santo Line também vai usar o CarRes para gerir os pacotes que oferece em parceria com os hotéis Torre Praia, Praia
Dourada e Luamar Aparthotel.
O atual problema da pandemia COVID-19 está a condicionar
severamente a operação do navio que se resume quase exclusivamene ao transporte de carga.
A navio é indispensável
para o abastecimento da ilha, principalmente produtos de primeira necessidade, e, neste momento é também a única opção para que
tem necessidade urgente de se deslocar á ilha da Madeira.
Assim o ferry efetuará viagens á segunda-feira, á
quinta-feira e ao sábado, garantindo assim o normal abastecimento da ilha.
O navio Lobo Marinho, apenas vai transportar para Porto Santo residentes na ilha O Governo da Madeira deliberou que o ferry "Lobo Marinho", que assegura as ligações marítimas entre o Porto Santo e a Madeira, apenas vai transportar para o Porto Santo residentes na ilha, por forma a salvaguardar o perigo de contágio de Covid-19.
"Não podemos correr riscos no Porto Santo", declarou o presidente do Governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
Assim o acesso ao Porto Santo fica limitado a residentes e a situações em que seja imprescindível alguém visitar à ilha.
O Governo Regional, já havia deliberado que os cruzeiros e iates também não podem atracar nos portos e marinas do arquipélago, razão pela qual o navio de cruzeiro “Hamburg” que tinha uma escala programada para o próximo dia 18, não irá atracar no porto da Ilha Dourada.
A verdadeira operação ferry entre as ilhas da Madeira e
Porto Santo começou em Agosto de 1995, quando a Porto Santo Line, que já
operava com o navio Madeirense, fretou em casco nu á Isle of Mann Steam Packet
Companyo ferry Lady of Mann, que operou
com um sucesso estrondoso até fim de Novembro do mesmo ano.
Embora sendo um excelente navio em termos de navegação e
capacidade de manobra, tinha a limitação de só transportar viaturas ligeiras,
pois tanto a estrutura dos decks como as rampas de acesso não permitiam o
embarque de veículos pesados. Este navio tinha a particularidade de ter uma
rampa no cais que era deslocada para as diferentes portas, a alturas diferentes
e que eram utilizadas consoante a altura da maré.
Contruido em 1976 na Escocia esteve ao serviço da Isle of
Mann Steam Packet Company ate 2005 quando foi vendido para a Grécia passando a
chamar-se “PanagiaSoumela”.
Anteriormente, o “Lusitania
Expresso” tinha tentado uma operação idêntica mas como só transportou passageiros
não o considero como operação ferry.
Entretanto a Porto Santo Line ganhou a concessão da linha
regular entre a Madeira e Porto Santo. Depois de alguns meses a efetuar o
ligação com o catamarã Pátria, fretado ao Governo Regional da Madeira, em Junho
de 1996 começa a operar o ferry “Lobo Marinho”, adquirido na Grécia á Safari
Lines
Foram efetuadas algumas modificações, entre as quais uma
rampa lateral na alheta de estibordo, que permitia o embarque e desembarque de
camiões e contentores de 20 pés. Também foram escavadas nos portos umas rampas
que permitiam que o navio operasse, embora com algumas limitações causadas
pelas marés. Este navio foi construído em 1967 em Alborg, Dinamarca sendo
entregue á FredOlsen Lines em 1968 com
o nome de “Christian IV”
Em 1984 foi vendido para a Malasia á Perbadan National
Shiping Line e com o nome de “Pernas Safari”. Dez anos depois, 1994 voltou a
ser vendido, desta vez á Safari Lines, mudando o nome para “Safari”. Vem para a Porto Santo Line 2 anos depois,
onde operou até 2003, transportando milhares de passageiros e automóveis, camiões
e contentores
Em 2002 foram construídas as rampas rol-on rol-of nos dois
portos e como o embarque passou a ser efetuado pela popa permitiu o embarque de
trailers e contentores de 40 pés, assim como camiões de maior porte.
Com a entrada ao serviço do “Lobo Marinho” novo em 2003, o
velho passou para a Cabo Verde Line,e
muda o nome para Lobo Dos Mares operando em Cabo Verde uma época sendo depois
vendido.
Atualmente o “Lobo Marinho” continua a transportar milhares
de passageiros e automóveis e é indispensável para a economia da ilha.
Maré negra atingiu o Porto Santo há 30 anos
Faz hoje, 30 anos que a maré negra provocada pelo NT "Aragon" atingiu as costas do Porto Santo atingindo principalmente a costa leste da
ilha.
Pequenas manchas de crude que encalharam também na praia e na costa
norte, mas nada de relevante ao compararmos com as 25 mil toneladas que
encalharam na zona da Serra e Fora e Serra de Dentro.
Desde logo foram acionados os meios disponíveis, tendo o Nrp
São Miguel da Armada Portuguesa, transportado desde Lisboa centenas de bidões
vazios para recolha do crude, assim como outro equipamento.
Mais tarde a seguradora do NT "Aragon" contratou a "TCA Tank
Cleaning Amsterdam" para limpeza e transporte para fora da ilha de todos
os resíduos.
Desde essa data o Porto Santo dispõe de barreiras flutuantes
para contenção de eventuais derrames de combustível.
Foto do porto do Porto Santo quando ainda em construção a
meio da década de 80 do século passado. Note-se que o contra-molhe não tem a configuração
atual, tendo sido em grande parte destruído e reconstruído por se ter
verificado que, que iria condicionar a operação do Porto.
Verifica-se também trabalhos de acabamento no molhe
comercial, que ficou concluído antes do contra-molhe.
Entrou no porto da ilha pelas 20.30 e zarpou para Lisboa as
00.30h depois de concluídas as operações de descarga e carga.
Durante o mês de Janeiro, devido á paragem habitual do ferry
“Lobo Marinho” para manutenção, o “Rebecca S” escalará o Porto Santo á
sexta-feira, e o “Funchalense 5” á terça-feira, ficando assim o Porto Santo com
dois abastecimentos semanais.
Era uma vez, uns pequenos e elegantes barcos, construídos em
madeira, que abasteciam o Porto Santo de tudo o que este necessitava, e
transportavam para a Madeira o que a ilha produzia.
Carreireiros atracados a "braço-dado" no cais da vila
Arriaga e Devoto, atracados
Tripulados por gente audaz, estas embarcações marcam uma
época, já esquecida pelos mais velhos e desconhecida pelos mais novos, em que o
transporte marítimo era muito difícil e em nada comparável aos dias de hoje.
Não havia motores, nem guindastes, não havia os modernos
apoios e equipamentos de navegação nem a segurança de meios de busca e
salvamento disponíveis nos dias que correm.
Apesar disso, os valentes marinheiros faziam-se ao mar, em
condições por vezes difíceis, com ventos e mar que faziam temer o pior.
Sem porto e com uma baía protegida dos ventos de norte, mas
muito exposta aos ventos de sul, e quando chegava o mau tempo, ("tempo de
sul") eram obrigados a varar os barcos á pressa para não correr o risco
dos mesmos encalharem.
Carreireiro á "garra" com meu tempo
Uns maiores, outros mais pequenos, todos tinham o mesmo tipo
de construção, com duas proas, forma ogival, com quilha, roda de proa e
cadaste, e tabuado do forro liso. Eram barcos com convés corrido, com uma
escotilha elevada ao centro, a vulgarmente chamada "camara" onde se
abrigavam os passageiros, um mastro á proa, onde originalmente armavam uma vela
carangueja, e mais recentemente um pau de carga onde, com o auxílio do molinete
da proa, que também era usado para recolher a amarra, se fazia a carga e
descarga das mercadorias mais leves.
Com a introdução dos motores, as viagens tornaram-se mais
rápidas, rondando as 4 ou 5 horas em condições de bom tempo. Na década de
oitenta foram feitas algumas alterações ao design original, primeiro, do
"Devoto Santíssimo" e depois do "Arriaga" onde se alterou a
popa para painel e introduziu-se a casa de leme nos dois restantes. "Maria
Cristina" e “Cruz Santa".
Devoto Santíssimo chegando do Funchal, década de 80 do século XX
Maria Cristina encalhado na Praia década de 90 do século XX
Infelizmente o tempo e a evolução de nada se compadece, e,
com a construção do porto, a chegada de navios maiores e a era do contentor, em
poucos anos esses lindos barcos desapareceram
Foi construída uma réplica do "Maria Cristina",
que durante algum tempo operou do mercado turístico, mas foi enviado para o
Caniçal onde aos poucos está a degredar-se.
Ficaram as memórias, as histórias de que lá trabalhou, e
algumas fotos. Na minha opinião as autoridades competentes deveriam criar um núcleo
museológico onde pudesse ser exposto todo o historial destes BARCOS que tão importantes
foram para as gentes do Porto Santo.
Se alguém se achar no direito de reclamar a autoria de
algumas das fotos por favor contacte-me que eu as retirarei, o que seria uma
perda para a informação deste post.
O MS Amera, esteve pela primeira vez no Porto Santo hoje,
ultimo dia de 2019, com cerca de 800 passageiros, tendo chegado por volta do meio-dia
e saído para o Funchal ás 18h.
Como é normal com navios de dimensões consideráveis, o MS
Amera fundeou, sendo o desembarque de embarque dos passageiros efetuado com
recurso às baleeiras do navio.
O MS Amera (Ex Royal Viking Sun, Ex Seabourn Sun e Ex
Prinsendam) é operado pela Phoenix Reisen, operador este, que, desde alguns
anos, com os seus navios MS Amadea e MS Artania, tem escolhido o Porto Santo.
O MS Amera foi lançado em 1988 como Royal Viking Sun para a
Royal Viking Line e foi renomeado como Seabourn Sun quando a Seabourn Cruise
Line adquiriu o navio em 1999. Em 2002, a Seabourn Cruise Line transferiu o navio
para a Holland America Line, sendo renomeado como Prinsendam.
No verão de 2018, o Prinsendam foi vendido á Phoenix Reisen,
ficando no entanto, afretado á Holland America Line, que o operou nos cruzeiros
programados até 1 de julho de 2019. Em 2 de julho de 2019, entrou na Doca 11 no
Blohm + Voss em Hamburgo para conversão e tendo saído em agosto de 2019 já como
o atual nome.
Está fundeado na baia do Porto Santo o navio holandês “Oosterschelde”.
Construído em 1918 como cargueiro foi motorizado em 1930. Em 1939, foi vendido
para uma companhia de navegação dinamarquesa e, rebatizado de Fuglen II,
tornando-se na altura um dos navios mais modernos da frota dinamarquesa. Em
1954, foi novamente vendido, e rebatizado de Sylvan e tendo sido completamente alterado
para uma moderna montanha-russa flutuante.
Em 1961 a Empresa de Transportes do Funchal encomendou um navio aos
Estaleiros de São Jacinto, em Aveiro, para efetuar a ligação entre
Lisboa e o Funchal com carga geral. Como também se destinava a transportar a
famosa banana da Madeira para Lisboa, o navio foi equipado com ventiladores de
porão.
O "Madeirense" era um navio misto de carga e passageiros com
70.36 mt de comprimento, 11.03 mt de boca, 5.35 mt de pontal, 1 maquina diesel
Werkspoor de 1450 hp que lhe permitia uma velocidade máxima de 12 nós. Disponha de 2 porões servidos cada um
por um conjunto de paus de carga.
Á popa tinha um pequeno porão para carga frigorífica
e excelentes acomodações para passageiros com 4 dos camarotes com casa de banho
privativa.
Até 1989 o Madeirense fez ligações quinzenais com Lisboa ,
alternando com o gémeo Funchalense, escalando por vezes o Porto Santo, transportando passageiros de e para o Funchal assim como algumas mercadorias onde se destaca as conservas de peixe da
extinta fabrica de conservas do Porto Santo, com destino a Lisboa.
Madeirense no Funchal a descarregar carga geral na década de 60
Nos anos sessenta ainda não tinha chegado a era do
contentor, pelo que a estadia nos portos para carga e descarga era muito
demorada, demorando em média quatro a cinco dias para descarregar e carregar o
navio.
Quando vinha ao Porto Santo, e por esta ilha não ter ainda
porto, o "Madeirense" fundeava ao largo sendo o transbordo feito em lanchas.
Com o aparecimento dos contentores o Madeirense tornou-se
obsoleto. Depois de um período imobilizado em Lisboa, foi vendido á Porto Santo
Line em 1989, para a ligação Funchal/Porto Santo, no transporte de mercadorias
que na altura era feito por dragas, fretadas para o
efeito.
Madeirense chegando ao Porto Santo com contentores
Em Março de 1990 rumou para Lisboa para efetuar uma grande
reparação. O tombadilho das baleeiras foi prolongado para
a popa, para aumentar o número de passageiros de 12 para 120, assim como a sua
cobertura. Foi montado um gerador de corrente alterna para alimentar
contentores frigoríficos, lembro que na altura da sua construção os navios
disponham apenas de corrente continua, e sempre que era necessário montar um
aparelho de corrente alterna, um radar por exemplo, era necessário montar uma
comutatriz.
Foram também retirados os paus de carga e o casco foi decapado, ficando com um especto de novo.
O Madeirense começou em ligações regulares em Maio de 1990,
transportando carga e passageiros. Tinha capacidade para 19 teus, cerca de 2
dezenas de automóveis estivados em cima dos contentores, no convés e nas
cobertas, e muita carga geral, assim como 120 passageiros. Fazia uma ligação
semanal regular com saída do Funchal na quarta á tarde e saída do Porto Santo á
segunda depois do almoço, isto durante o inverno, fazendo no entanto, sempre
que necessário, viagens extraordinárias. Durante o verão o navio fazia quatro
viagens semanais com saída do Funchal á terça-feira, quarta-feira, sexta-feira
e domingo e do Porto Santo á terça-feira, á quinta-feira, ao sábado, e ao
domingo.
O "Madeirense" abasteceu o Porto Santo até Outubro de 1996,
altura em ficou imobilizado no Funchal. Em Janeiro 1998 fez a derradeira viagem
para o Porto Santo, já com os certificados de navegação expirados mas com uma
autorização da Capitania do Porto do Funchal.
Foi então decidido o seu afundamento ao largo do Porto
Santo. Para tal retirado do navio tudo o que era suscetível de causar qualquer tipo
de poluição, assim como todas as vigias e aparelhos, ficando o navio reduzido a
carcaça.
Finalmente a 21 de Outubro de 2000 o "Madeirense" foi rebocado
para o seu último destino, e depois de fundeado pela proa e pela popa, foram
feitas aberturas no casco para o afundamento mais rápido. Depois de algumas
horas a lutar pela flutuação o Madeirense rendeu-se a força do mar e afundou de
proa.
Hoje o recife artificial "Madeirense" é um ponto obrigatório
do mergulho. Ainda que a 30 metros de profundidade não foi esquecido e será
sempre o" MADEIRENSE".
Se alguém se achar no direito de reclamar a autoria de
algumas fotos por favor contacte-me que eu as retirarei, o que seria uma perda
para a informação deste post.
Esteve hoje no Porto Santo, pela primeira vez o navio “Astor”. Fundeou logo no início da manhã saindo ao fim da tarde para Lisboa.
O desembarque dos passageiros foi feito com as lanchas do
navio, que os transportou até a marina do Porto Santo. Mais uma vez o bom tempo foi uma constante, com mar calmo, ausência de vento e muito sol, o que decerto foi de agrado dos passageiros que visitaram a ilha.
Em 1988, foi vendido para a Companhia de Navegação do Mar
Negro, na Ex União Soviética, e batizado de “Fedor Dostoevskiy”. Em 1995, voltou a ter o atual nome “Astor”.
Em 28 de novembro de 2008, foi alvo de uma tentativa de
ataque pirata, no Golfo de Omã, que
falhou devido á intervenção da fragata alemã Mecklenburg-Vorpommern .
Depois de ter sido batizado a 11 de Outubro, o “Hanseatic
Inspiration” começou este cruzeiro inaugural a 14 de Outubro em Antuérpia com
escala em Honfleur em França, onde o navio chegou a 16 de Outubro. Esteve em
Guernsey a 17 de Outubro, de seguida em Espanha, primeiro em La Corunha e
depois em Cies, rumando para Portugal, em Lisboa e Portimão, seguindo para Casablanca
e Porto Santo. O “Hanseatic Inspiration” sairá do Porto Santo ás 19h para o Funchal
onde permanecerá durante o dia 27 de Outubro saindo ás 07 h do dia 28 para
Santa Cruz de Tenerife, onde acabará o cruzeiro.
Nesta escala na ilha dourada, o “Hanseatic Inspiration” transportou
165 passageiros tendo procedido ao embarque de um passageiro.
O bom tempo ajudou a estadia do “Hanseatic Inspiration”, pois
apesar se algum vento de sudoeste, o sol brilhou e a temperatura foi
convidativa às saídas que se efetuaram quer de autocarro quer a pé.
Como é habitual, sempre que as dimensões do navio não permitem
a sua atracação, o desembarque e embarque de passageiros foi feito com recurso
ás lanchas do navio, que num constante vai vem entre a marina e navio
transportaram todos ao passageiros que optaram por conhecer a ilha.
O navio maltês NT “C Force” regressou ao
Porto para descarregar combustíveis.
Com procedência do Caniçal, o "C Force" atracou ao início da noite tendo saído hoje ás 07 h.
O transporte de combustíveis para a ilhas, continua a ser
efetuado com recurso a unidades fretadas, não parecendo haver interesse de
qualquer armador nacional em explorar este nicho de transporte.
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