A partir de janeiro de 2020, a Organização Marítima
Internacional (IMO) proibirá os navios de usar combustíveis que tenham um teor
de enxofre acima de 0,5%, (agora é de 3,5%). Esta proibição tem como
objetivo reduzir a poluição atmosférica, contribuindo assim para a redução do
aquecimento global e consequentes alterações climáticas.
Apenas os navios equipados com dispositivos de limpeza dos
gases, conhecidos como lavadores, poderão continuar a usar o atual combustível com
teor de enxofre de 3.5%, podendo os armadores também optar por outros
combustíveis mais limpos, como o gás natural liquefeito (GNL), hidrogénio e o
diesel marítimo,
O não cumprimento das imposições resultará em multas e em
alguns casos a detenção das embarcações e, noutras situações, dependendo de
cada país, pena de prisão, o que pode dificultar a conseguir requisitos
indispensáveis, como os seguros.
Não será a IMO a fazer a fiscalização, mas sim as autoridades
dos países e dos portos.
O novo combustível
com 0.5% de enxofre, estará disponível?
As principais empresas petrolíferas, anunciaram que estão
produzindo o combustível exigido, e os principais portos de abastecimento de
combustível, como Singapura, Fujairah, e Roterdão, possuem já reservas
significativas. Resta ver o que se passará nos portos de menores dimensões.
Ainda não se sabe qual o impacto dos combustíveis com muito
baixo teor de enxofre, de 0,5%, nos motores dos navios, visto ainda não ter
sido completamente testado, apesar de terem sido emitidas orientações para
evitar a mistura de diferentes lotes de combustível, esta é uma questão que
preocupa os armadores, especialmente depois do acontecido em 2018, quando houve
uma grande contaminação de combustíveis nos bunkers.
Imagem Marineinsight |
Os purificadores são a melhor opção para as restrições da IMO
Existe também a possibilidade de usar os lavadores, mas ainda
existem dúvidas sobre se as autoridades portuárias podem restringir o uso de
certos tipos de lavadores devido à incerteza que há sobre os efeitos das águas
residuais que são deitadas para o mar.
Face a isto, a IMO aconselhou um estudo mais aprofundado
sobre o impacto do uso dos lavadores para o meio ambiente.
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