A Autoridade Portuária das Filipinas (PPA) anunciou ontem, 3
de fevereiro, a proibição de desembarque das tripulações dos navios atracados
em qualquer porto controlado pela PPA.
O PPA também cancelou todos os privilégios de visita
concedidos a parentes de tripulantes filipinos para embarcar, bem como
privilégios de embarque de organizações não-governamentais que estendem ajuda
emocional e espiritual aos tripulantes.
O PPA tomou esta decisão a fim de proteger as fronteiras das
Filipinas de mais contaminação com a mortal Nova Doença Respiratória Aguda de
Coronavírus (nCoV ARD). No domingo, as Filipinas registraram a primeira morte
de nCoV. Os casos suspeitos de nCoV no país também subiram para cerca de 80.
O comandante geral do PPA, Jay Daniel R. Santiago, disse que
já foi emitido um aviso aos marinheiros e navios, incluindo todas as partes
interessadas do porto, e que a medida está agora implementada.
No entanto, navios que fazem escala em qualquer porto das
Filipinas depois de terem saído há mais de 14 dias de qualquer porto da China não
têm restrições, acrescentou Santiago.
Na última sexta-feira, o PPA adotou medidas rigorosas de
prevenção em portos controlados pelo PPA, que incluem, entre outros, controlo
térmico individual, que verifica se um passageiro ou tripulante atinge um determinado
nível de temperatura corporal.
Desde o primeiro relato de um surto na China envolvendo o
nCoV, a agência imediatamente pôs em prática a linha de frente da defesa contra
a possível entrada do vírus no país pelos portos.
O PPA também está em estreita coordenação com as equipes de
embarque das Alfândegas, Imigração, Quarentena e Segurança, para que
informações essenciais que possam exigir ação rápida possam ser fornecidas ao
pessoal de terra.
Já hoje, 4 de fevereiro, a PPA publicou um novo comunicado,
no qual afirma que, para não atrapalhar a cadeia internacional transporte de
carga, os portos das Filipinas permanecem abertos a todos os navios, mesmo
daqueles originários da China e de suas regiões administrativas especiais
(SARs).
A única condição é o não desembarque da tripulação e não são
permitidas visitas enquanto estiver atracado em qualquer porto controlado pelo
PPA ou ancorado.