terça-feira, 5 de novembro de 2019

Três mortos em explosão num petroleiro russo

No passado dia 2 de Novembro, sábado de manhã, ocorreu uma explosão a bordo do petroleiro russo  'Zaliv Amerika', na parte oriental da Rússia, perto de Nakhodka.



Zaliv Amerika
Photo Marinetraffic

Explosão na sala de baterias de um ferry , coloca em causa as baterias de íons de lítio



Segundo fontes locais, dois dos tripulantes morreram devido à explosão a bordo. Mais tarde, foi relatado que um membro se afogou devido ao impacto da explosão.
O navio de momento não corre perigo, não tendo problemas no casco e sem risco de poluição.







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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O cargueiro "Madeirense"

Em 1961 a Empresa de Transportes do Funchal encomendou um navio aos Estaleiros de São Jacinto, em Aveiro, para efetuar a ligação entre Lisboa e o Funchal com carga geral. Como também se destinava a transportar a famosa banana da Madeira para Lisboa, o navio foi equipado com ventiladores de porão.  
Também tinha ter acomodações para 12 passageiros.




Madeirense saindo de Lisboa


M/S Natalia encalhou na Turquia



O "Madeirense" era um navio misto de carga e passageiros com 70.36 mt de comprimento, 11.03 mt de boca, 5.35 mt de pontal, 1 maquina diesel Werkspoor de 1450 hp que lhe permitia uma velocidade máxima de 12  nós. Disponha de 2 porões servidos cada um por um conjunto de paus de carga.
Á popa tinha um pequeno porão para carga frigorífica e excelentes acomodações para passageiros com 4 dos camarotes com casa de banho privativa.

Até 1989 o Madeirense fez ligações quinzenais com Lisboa , alternando com o gémeo Funchalense, escalando por vezes o Porto Santo, transportando passageiros de e para o Funchal assim como algumas mercadorias onde se destaca as conservas de peixe da extinta fabrica de conservas do Porto Santo, com destino a Lisboa.



Madeirense no Funchal a descarregar carga geral na década de 60

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 Nos anos sessenta ainda não tinha chegado a era do contentor, pelo que a estadia nos portos para carga e descarga era muito demorada, demorando em média quatro a cinco dias para descarregar e carregar o navio.
Quando vinha ao Porto Santo, e por esta ilha não ter ainda porto, o "Madeirense" fundeava ao largo sendo o transbordo feito em lanchas.
Com o aparecimento dos contentores o Madeirense tornou-se obsoleto. Depois de um período imobilizado em Lisboa, foi vendido á Porto Santo Line em 1989, para a ligação Funchal/Porto Santo, no transporte de mercadorias que na altura era feito por dragas, fretadas para o efeito.


Madeirense chegando ao Porto Santo com contentores

Navio russo embate em ponte em Busan, na Coreia



Em Março de 1990 rumou para Lisboa para efetuar uma grande reparação. O tombadilho das baleeiras foi prolongado para a popa, para aumentar o número de passageiros de 12 para 120, assim como a sua cobertura. Foi montado um gerador de corrente alterna para alimentar contentores frigoríficos, lembro que na altura da sua construção os navios disponham apenas de corrente continua, e sempre que era necessário montar um aparelho de corrente alterna, um radar por exemplo, era necessário montar uma comutatriz.
Foram também retirados os paus de carga e o casco foi decapado, ficando com um especto de novo.



O Madeirense começou em ligações regulares em Maio de 1990, transportando carga e passageiros. Tinha capacidade para 19 teus, cerca de 2 dezenas de automóveis estivados em cima dos contentores, no convés e nas cobertas, e muita carga geral, assim como 120 passageiros. Fazia uma ligação semanal regular com saída do Funchal na quarta á tarde e saída do Porto Santo á segunda depois do almoço, isto durante o inverno, fazendo no entanto, sempre que necessário, viagens extraordinárias. Durante o verão o navio fazia quatro viagens semanais com saída do Funchal á terça-feira, quarta-feira, sexta-feira e domingo e do Porto Santo á terça-feira, á quinta-feira, ao sábado, e ao domingo.



 
Madeirense atracado no Porto Santo

Velas semelhantes a asas vão ajudar navios a economizar combustível



O "Madeirense" abasteceu o Porto Santo até Outubro de 1996, altura em ficou imobilizado no Funchal. Em Janeiro 1998 fez a derradeira viagem para o Porto Santo, já com os certificados de navegação expirados mas com uma autorização da Capitania do Porto do Funchal.
Foi então decidido o seu afundamento ao largo do Porto Santo. Para tal retirado do navio tudo o que era suscetível de causar qualquer tipo de poluição, assim como todas as vigias e aparelhos, ficando o navio reduzido a carcaça.
Finalmente a 21 de Outubro de 2000 o "Madeirense" foi rebocado para o seu último destino, e depois de fundeado pela proa e pela popa, foram feitas aberturas no casco para o afundamento mais rápido. Depois de algumas horas a lutar pela flutuação o Madeirense rendeu-se a força do mar e afundou de proa.
Hoje o recife artificial "Madeirense" é um ponto obrigatório do mergulho. Ainda que a 30 metros de profundidade não foi esquecido e será sempre o" MADEIRENSE".


Se alguém se achar no direito de reclamar a autoria de algumas fotos por favor contacte-me que eu as retirarei, o que seria uma perda para a informação deste post.


domingo, 3 de novembro de 2019

Hurtigruten testa biodiesel em navio de cruzeiro de expedição


A Hurtigruten  tornou-se a primeira operadora de cruzeiros norueguesa a começar a testar o biodiesel, o que poderá permitir reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 95% a longo prazo.


Polarys
Photo /Hurtigruten


O primeiro navio de cruzeiro híbrido-elétrico do mundo



A operadora de cruzeiros tem o seu navio de cruzeiros “Polarlys” a funcionar com biodiesel há várias semanas e continuará a usar o combustível por mais algumas. O biodiesel não contém óleo de palma e pode ser produzido a partir de várias fontes, incluindo óleo de cozinha desperdiçado, milho, soja, trigo ou sebo.
"A longo prazo, o biodiesel pode potencialmente reduzir em até 95% o dióxido de carbono em comparação aos combustíveis navais tradicionais", disse Daniel Skjeldam, CEO da Hurtigruten. “Estamos no começo quando se trata de usar biodiesel no setor de transporte. Queremos mudar os limites e aprender mais sobre como isso pode ser usado em uma escala maior. Isso pode potencialmente transformar o setor. ”

Midnatsol regressa ao Porto Santo



Hurtigruten escolhe Wärtsilä para conversão de navios