sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Greve total no Porto de Lisboa de 9 a 30 de Março


Depois do pedido de insolvência da A-ETPL por parte das empresas de estiva que integram a associação, o sindicato SEAL reagiu e decidiu convocar uma «greve total, de 9 a 30 de Março» no Porto de Lisboa.


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António Mariano, presidente do sindicato adiantou á Lusa que, no plenário realizado, os estivadores decidiram prolongar a greve que está a decorrer até 9 de Março, e estende-la a todas as empresas de estiva do porto de Lisboa.
 Segundo este, as empresas de estiva colocaram a A-ETPL à beira da insolvência através de um processo de gestão danosa, alem disso, o tarifário aplicado pela A-ETPL às empresas de estiva, pela cedência de estivadores, não é atualizado há 26 anos.
Na passada Quinta-feira, a A-ETPL decidiu avançar com o pedido de insolvência da associação, por não conseguir encontrar soluções que consigam manter a saúde financeira da empresa.
Diogo Marecos, presidente da A-ETPL, havia explicado a situação financeira precária vivida pela associação, alegando que a empresa não tem faturação suficiente para pagar os salários.




Fonte//Lusa


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A operação ferry entre Madeira e Porto Santo.

A verdadeira operação ferry entre as ilhas da Madeira e Porto Santo começou em Agosto de 1995, quando a Porto Santo Line, que já operava com o navio Madeirense, fretou em casco nu á Isle of Mann Steam Packet Company  o ferry Lady of Mann, que operou com um sucesso estrondoso até fim de Novembro do mesmo ano.



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Ferry Lady Of Mann


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Embora sendo um excelente navio em termos de navegação e capacidade de manobra, tinha a limitação de só transportar viaturas ligeiras, pois tanto a estrutura dos decks como as rampas de acesso não permitiam o embarque de veículos pesados. Este navio tinha a particularidade de ter uma rampa no cais que era deslocada para as diferentes portas, a alturas diferentes e que eram utilizadas consoante a altura da maré.
Contruido em 1976 na Escocia esteve ao serviço da Isle of Mann Steam Packet Company ate 2005 quando foi vendido para a Grécia passando a chamar-se “Panagia  Soumela”.
Anteriormente, o  “Lusitania Expresso” tinha tentado uma operação idêntica mas como só transportou passageiros não o considero como operação ferry.

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Ferry Lobo Marinho


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Entretanto a Porto Santo Line ganhou a concessão da linha regular entre a Madeira e Porto Santo. Depois de alguns meses a efetuar o ligação com o catamarã Pátria, fretado ao Governo Regional da Madeira, em Junho de 1996 começa a operar o ferry “Lobo Marinho”, adquirido na Grécia á Safari Lines
Foram efetuadas algumas modificações, entre as quais uma rampa lateral na alheta de estibordo, que permitia o embarque e desembarque de camiões e contentores de 20 pés. Também foram escavadas nos portos umas rampas que permitiam que o navio operasse, embora com algumas limitações causadas pelas marés. Este navio foi construído em 1967 em Alborg, Dinamarca sendo entregue á Fred  Olsen Lines em 1968 com o nome de “Christian IV”
Em 1984 foi vendido para a Malasia á Perbadan National Shiping Line e com o nome de “Pernas Safari”. Dez anos depois, 1994 voltou a ser vendido, desta vez á Safari Lines, mudando o nome para “Safari”.  Vem para a Porto Santo Line 2 anos depois, onde operou até 2003, transportando milhares de passageiros e automóveis, camiões e contentores



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Ferry Lobo Marinho

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Em 2002 foram construídas as rampas rol-on rol-of nos dois portos e como o embarque passou a ser efetuado pela popa permitiu o embarque de trailers e contentores de 40 pés, assim como camiões de maior porte.
Com a entrada ao serviço do “Lobo Marinho” novo em 2003, o velho passou para a Cabo Verde Line,  e muda o nome para Lobo Dos Mares operando em Cabo Verde uma época sendo depois vendido.
Atualmente o “Lobo Marinho” continua a transportar milhares de passageiros e automóveis e é indispensável para a economia da ilha.





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Nova Wind-Assist em funcionamento no Mar do Norte

O navio de carga geral de 3.600 dwt MV Ankie fez sua primeira viagem com duas asas eConowind Ventifoil instaladas. O navio navegou no mar do Norte de Delfzijl, na Holanda, para Hamburgo e Noruega e depois voltou para Roterdão.

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Navio Ankie

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As unidades modulares do Ventifoil são asas com aberturas e um ventilador interno que usa sucção da camada limite para duplicar a força do Ventifoil, enquanto recolhe quando necessário. Juntamente com a Universidade Técnica de Delft e a MARIN, o eConoship estudou vários conceitos de propulsão eólica, concluindo que as asas de sucção estudadas por Jacques Cousteau foram as mais promissoras.
Os Ventifoils são implantados automaticamente no ângulo ideal em relação ao vento. A força gerada é transferida para o convés e, portanto, a potência do motor pode ser reduzida.
O sistema eConowind foi instalado no navio Jan van Dam Shipping em janeiro de 2020 no estaleiro Royal Niestern Sander. A instalação possui duas asas de 10 metros que deverão ser estendidas por mais seis metros no futuro.
A instalação é a primeira para a eConowind, localizada em Groningen, na Holanda. O RINA realizou a aprovação do projeto, a produção da folha e a supervisão da construção, juntamente com a preparação do protocolo.
A Jan van Dam Shipping visa incorporar o sistema numa embarcação nova, com o objetivo de reduzir suas emissões de CO2.





O sistema de assistência eólica foi desenvolvido nos últimos três anos, apoiado pela UE. O projeto de propulsão de navios assistidos pelo vento (WASP) é financiado pelo programa Interreg North Sea Europe, parte do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e reúne universidades e provedores de tecnologia de assistência eólica com armadores para testar o desempenho operacional de uma seleção de soluções de propulsão eólica .


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Fonte//eConowind