A pesquisa aponta a possibilidade de uma grande percentagem de
pessoas positivas para COVID serem assintomáticas sendo a prevalência do vírus
subestimada.
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O cruzeiro iniciou-se na Argentina em 15 de março. A doença do
COVID 19 foi declarada pandemia global pela OMS dias antes da partida do navio.
Foram tomados imensos cuidados no embarque dos passageiros. Foram medidas as temperaturas
durante o embarque e nos restantes dias, sendo o navio equipado com várias
estações de lavagem de mãos, especialmente nas áreas de refeições.
O navio não teve contato com outras pessoas durante 28 dias,
exceto por uma equipe médica que embarcou no navio para testar e avaliar os
passageiros, equipados com equipamento de proteção individual completo (EPIs).
Inicialmente, pensava-se que o navio estava livre de COVID,
mas logo as pessoas começaram a adoecer. Havia 217 passageiros e tripulantes,
dos quais 128 (58%) apresentaram resultado negativo. Apenas 16 dos pacientes
positivos apresentaram sintomas como febre.
Foram adotados protocolos de isolamento assim que a presença
de um vírus foi detetada no navio e foram tomadas medidas para impedir a
propagação. Os passageiros e toda a tripulação foram testados, com e sem
sintomas.
Além disso, os primeiros pacientes positivos para COVID foram
inicialmente testados como negativos num teste de anticorpos. Eles tornaram-se
positivos após o teste com zaragatoa nasal que se seguiu. Essa descoberta pode
resultar em questionar a fiabilidade dos testes de anticorpos.
Segundo Alvin Ing, a viagem foi de fato uma oportunidade de
estudar o comportamento do vírus e seu impacto em tempo real tendo achado o
estudo interessante e assustador. Ele foi assistido por um médico do navio e
uma enfermeira passageira.
O navio esteve parado na América do Sul, devido ao bloqueio e
á proibição de viagens. Havia já um morto e muitas continuavam doentes. O
governo uruguaio e o departamento de saúde foram os que prestaram apoio médico
aos tripulantes.
De acordo com o estudo, o isolamento e o bloqueio não são
muito eficazes na prevenção da propagação do vírus. Isso pode ajudar a impedir
a propagação por aerossolização, mas as hipóteses de propagação por superfícies
contaminadas, alimentos, pratos e talheres, neste caso, são muito altas.
Portanto, todos num navio devem ser testados ao COVID, independentemente de
apresentar ou não algum sintoma. Há uma grande probabilidade de uma pessoa infetada
ter um resultado negativo se o teste for realizado no momento errado. Os
resultados do estudo também podem ser aplicados para ambientes fechados semelhantes.
Isso inclui campos de imigrantes, prisões e lares para idosos.
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Fonte//Lighthouse