sábado, 28 de novembro de 2020

Finlândia e Japão estudam navios ferry, movidos a hidrogênio

Um número crescente de projetos procura desenvolver tecnologias de energia baseadas em hidrogénio que possam ser comercialmente viáveis ​​para a indústria naval. Entre os projetos em andamento está um na Finlândia que estuda a produção de hidrogénio verde para uso em ferries. Entretanto uma parceria público-privada foi formada recentemente no Japão para estudar e desenvolver células a combustível de hidrogénio para a indústria de navegação comercial.


HySHIP-da-Noruega
                                  HySHIP da Noruega um protótipo de navio ro-ro de hidrogênio //Photo//Wilhelmsen

Havyard desenvolve células de combustível de hidrogénio para navios de grande porte


Um dos campos de estudo é o hidrogénio verde. Na Europa, eles procuram se unir ao setor de produção de energia eólica offshore para produzir hidrogénio a partir de energia renovável. Impulsionado pela energia eólica, o conceito é que o processo de eletrólise que divide a água nos elementos de hidrogénio e oxigénio criaria energia renovável.

Na Finlândia, a empresa de energia Flexens Oy está concluindo um estudo de viabilidade que se concentra na criação de hidrogénio verde que seria usado para abastecer os ferries que operam no arquipélago de Aland. Devido às excelentes condições para a produção de energia eólica em Åland, a Flexens espera que o hidrogénio verde possa atingir custos de produção competitivos com os combustíveis fósseis. O estudo de viabilidade visa combinar a produção de hidrogénio verde com o abastecimento dos ferries da região.



Com 90 ilhas habitadas e uma população de 30.000 habitantes, a região depende dos seus ferries. Um estudo descobriu em 2015 que o transporte marítimo foi responsável por cerca de 70 por cento das emissões de Aland. O estudo estimou que as emissões chegam a 753 mil toneladas equivalentes de dióxido de carbono por ano.

O estudo de viabilidade, que deverá estar concluído dentro de poucos dias, fornece a primeira estimativa de viabilidade técnica e económica do conceito que abrange a produção de hidrogénio a partir de um parque eólico e a utilização do hidrogénio em células a combustível para mover os ferries no arquipélago de Åland. Para a próxima fase do projeto, a Flexens trabalhando com o Governo de Aland apresentou um pedido de subvenção ao Fundo de Inovação da UE para fazer o projeto avançar para investimentos. Prevê-se que o projeto possa ser realizado com as primeiras aplicações das tecnologias possíveis em 2024.



No ano seguinte, 2025, uma parceria japonesa espera operar seu primeiro navio de célula a combustível de hidrogénio. O plano prevê um ferry de 30 metros, capaz de transportar 100 pessoas a velocidades de mais de 12 mph. Kansai Electric Power, Iwatani, Namura Shipbuilding, o Banco de Desenvolvimento do Japão e a Universidade de Ciência e Tecnologia Marinha de Tóquio estão colaborando no estudo de viabilidade para o navio movido a células de combustível de hidrogénio. O projeto também incorporará o desenvolvimento do abastecimento de hidrogénio para o navio.


“Aqua” mega iate de luxo movido a hidrogénio


Fonte//MaritimeExecutive

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Ilha da Madeira, ex Conmar Najad estreia no Caniçal

Encontra-se no porto do Caniçal o porta contentores"Ilha da Madeira" ex “Conmar Najad” em substituição do “Max Stability” que está a caminho do porto grego de Piraeus.

O “Ilha da Madeira” é proveniente de Leixões, a sua capacidade é de 698 Teu, e navega com bandeira Portuguesa

 

 

Conmar-najad



Cargueiro "Southwester" abandonado ao largo da Figueira da Foz




Características:

Nome: Ilha da Madeira

Tipo: Porta Contentores.

IMO: 9341976.

Indicativo: CQAX7.

MMSI: 255806305.

Bandeira: Portugal.

Porto de Registo: Madeira.

Numero Oficial: TEMP648M.

Donos: Conmar Shipping GmbH & Co. KG- Jork Niederelbe, Alemanha.

Operadores: Sea Consortium Pte. Ltd.- X-Press Feeders- Singapura.

Classe: DNV-GL.

Ano de Construção: 2007.

Estaleiro: Fujian Mawei Shipbuilding Ltd.- Fuzhou, China- Casco#MW437-24.

Comprimento Fora a Fora: 129,62 metros.

Boca: 20,60 metros.

Calado: 7,40 metros.

Arqueação Bruta: 7,545 toneladas.

Porte Bruto: 8,200 toneladas.

Número de Tripulantes: 11. Potencia de Carga: Contentores: TEU: 698.

Potência de Maquina: 7,200 kW (9,789 hp), 500,00 rpm. 1 hélice CP, 149,00 rpm.

Velocidade de Serviço: 15,90 nos.

Velocidade Máxima: 16,50 nos.

Potência de Maquinas Auxiliares: 1,500 kW.

Potência de Geradores Auxiliares: 2,350 kW.

Potência de Thruster: 600,00 kW(816 bhp).

Nomes Anteriores: RBD Constantia (03/2007-06/2007), DS Blue Ocean (06/2007-10/2019), Conmar Najade (10/2019-11/2020).

 

Ficha Técnica: Paulo Peixoto


"Rebecca S" no Porto Santo na tarde de sábado



segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Piratas sequestram 14 marinheiros do "Zhen Hua 7" no Golfo da Guiné

Na sexta-feira passada, 14 tripulantes foram sequestrados de um navio “Heavy-Lift” chinês, na costa de São Tomé.

De acordo com a consultoria de segurança Dryad Global, o heavy-lift “Zhen Hua 7” foi abordado por piratas numa posição a cerca de 80 milhas a nordeste de São Tomé, no Golfo da Guiné. O navio estava à deriva no momento do assalto. 14 de seus 27 tripulantes foram sequestrados e todas as vítimas são chinesas, de acordo com Dryad.


ZHEN-HUA-7
Photo//Vessel Finder

A pandemia apressa o fim dos navios de cruzeiro mais antigos.


O “Zhen Hua 7” é um navio semi-submersível de cargas pesadas de 50.000 dwt com bandeira na Libéria. Pertence a uma importante operadora chinesa de cargas pesadas com sede em Xangai. No domingo, o navio ainda estava à deriva na mesma região, informando o seu destino como Luba, na Guiné Equitorial.

 

Este é o oitavo ataque ou tentativa de ataque na região do Golfo da Guiné nos ultimos nove dias, de acordo com o Dryad, e destaca o risco crítico contínuo para o transporte marítimo ao largo da África Ocidental. Também marca o 21º sequestro do ano na área e eleva o número total de marinheiros sequestrados para 110.



O ritmo da atividade pirata no Golfo da Guiné aumentou muito nas últimas semanas. No último fim-de-semana, uma fragata da Marinha italiana interveio num ataque ao navio-tanque “Torm Alexander”. “O Torm Alexander” foi abordado por piratas a cerca de 160 milhas da costa do Benin. A tripulação enviou um sinal de socorro e retirou-se para o casario do navio. A fragata “Martinengo” recebeu o sinal e respondeu enviando um helicóptero ao local disparou tiros de advertência, o que levou á fuga dos piratas. Todos os 21 membros da tripulação do navio saíram ilesos da situação.



No dia seguinte, o navio-patrulha da Sea Shepherd “Bob Barker” foi abordado a cerca de 100 milhas náuticas de Cotonou, Benin. De acordo com Dryad, sete ou oito piratas armados se aproximaram-se a cerca de uma milha náutica. O “Bob Barker” está na região auxiliando a Marinha do Benim numa missão de patrulha pesqueira, tendo a bordo uma equipa militar. De acordo com a Sea Shepherd, a tripulação civil recuou para o interior do navio enquanto o pessoal da Marinha do Benim dissuadiu a ameaça. "A preparação para emergências da tripulação do “Bob Barker” e o profissionalismo dos militares da Marinha do Benin mantiveram o navio e todos os seus tripulantes seguros", disse a Sea Shepherd num comunicado. 


Cargueiro "Southwester" abandonado ao largo da Figueira da Foz


Fonte//MarineInsight