A energia nuclear como combustível para navios é uma solução
com emissões zero. Não emite SOx, NOx, CO2 ou partículas. A tecnologia também é
milhões de vezes mais densa em termos de energia do que os combustíveis fósseis
e opções alternativas de combustível que atualmente estão sendo consideradas
como metanol, amónia e hidrogénio. No que respeita á meta de reduzir os
gases de efeito estufa (GEE) da IMO até 2050, é a única solução comprovada
atualmente disponível, capaz de substituir os combustíveis fósseis em todas as
aplicações marítimas.
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NS Savannah, o primeiro navo nuclear civil do mundo Photo: ssMaritime |
A tecnologia está longe de ser nova, a primeira central
nuclear entrou em operação em 1955. Desde então, existem
cerca de 700 reatores em operação no mar. Isso equivale a milhares de anos de
experiência operacional. A tecnologia não se limita apenas às marinhas de
guerra, também houve aplicações marítimas civis.
A Rússia opera navios mercantes nucleares desde há muitos
anos onde se inclui quebra-gelos movidos a energia nuclear, sendo que, alguns
desses navios funcionam como navios de passageiros no verão, no círculo ártico.
Pode-se afirmar que já existem muitos navios movidos a energia nuclear.
A energia nuclear pode ser uma opção particularmente atraente
para a indústria dos ferries, não apenas devido a emissões zero, mas também
porque elimina a necessidade de abastecer combustível ao embarcar e desembarcar
passageiros, o que se torna mais um desafio para os novos combustíveis.
Quaisquer requisitos futuros para usar a energia ligada a terra para limitar as
emissões, seriam postas de parte com o uso da energia nuclear. Seria até
possível o navio fornecer energia ao porto onde atraca, e ter assim uma fonte
adicional de receita. Atualmente, a Energia Nuclear está excluída do Índice de
Projeto de Eficiência Energética (EEDI), o que significa que não há restrições
para navios que operam usando a tecnologia.
A perceção e aceitação dessa tecnologia pelas pessoas, é
ainda um problema, mas os riscos são mesmo reais? O desenvolvimento tecnológico
aprimorado ao longo dos anos garantiu que mecanismos de segurança contra falhas
sejam incorporados aos projetos de reatores para na existir saída de radiação
em caso de falha. A aceitação mútua entre os países para a implementação
regulatória terá que estar em vigor para que a procura por esta fonte de
energia aumente, podendo ser esta a única alternativa para a os combustíveis marinhos
com emissões realmente zero.
Fonte//
Hellenicshippingnews