segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Projeto decarbonICE, para uma navegação mais limpa


As empresas de transporte marítimo, NYK, Sovcomflot, Knutsen OAS e Ardmore, alguns construtores de navios, incluindo DSME, e a empresa de mineração Vale, uniram-se ao Centro de Desenvolvimento Marítimo da Dinamarca, com o objetivo de desenvolver uma solução para captura e armazenamento de carbono nos navios, num projeto chamado decarbonICE .


Conteinership
Photo Marinetraffic

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O grupo pretende que seja feita a captura de carbono nos navios, com posterior armazenamento em locais apropriados, solução esta que pode atender aos objetivos da IMO para 2050 de uma redução de 50% nas emissões de CO2 comparativamente com o nível de 2008. Nesse contexto, o uso de combustíveis fósseis pode tornar-se livre de carbono.
O DecarbonICE prevê que o CO2 e outros GEE existentes nos gases de escape dos navios sejam capturados a bordo num processo criogênico e transformados em gelo seco.
A tecnologia offshore prevê que o gelo seco seja então armazenado no fundo do mar, ficando o CO2 depositado de forma segura e permanente como CO2 líquido e hidrato de CO2.

As novas tecnologias podem tornar os navios cada vez mais ecologicos


O conceito decarbonICE destina-se a novas construções e alterações nas existentes, em combinação com combustíveis neutros em carbono, como os biocombustíveis e combustíveis sintéticos, a tecnologia pode criar transportes marítimos com emissões zero, e assim, contribuir para a redução de carbono atmosférico a um custo significativamente menor do que a captura de carbono em terra.
O projeto teve início em outubro de 2019 e continuará até 2020. O objetivo é preparar um estudo de viabilidade e iniciar o processo de aprovação da IMO para a tecnologia.

A indústria marítima parece desconsiderar que a captura de carbono a bordo com armazenamento subsequente em locais apropriados também pode se qualificar como uma solução sem carbono. A DSME acompanha vários grupos de pesquisa coreanos que estudam o comportamento do CO2 injetado nos sedimentos do fundo do mar. "
O sucesso do projeto decarbonICE também dependerá de como a energia necessária pode ser minimizada para o processo de arrefecimento criogênico" , disse Odin Kwon, CTO da DSME.



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Fonte//Marinelink




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