sábado, 4 de maio de 2019

Tornando verdes as estradas azuis


As ferries de hoje funcionam quase na sua totalidade com combustíveis fosseis No Império Romano, dois bois faziam movimentar uma roda e movimentar o navio e supostamente é um dos primeiros ferries conhecidos.
Milhares de anos depois, barcos movidos  com recurso a animais, foram amplamente utilizados como ferries  no seculo XIX na América. Com a chegada da Revolução Industrial apareceram os barcos a vapor usando carvão e substituíram ferries que usavam cavalos e mulas em sitios como o Lago Champlain e o rio Mississippi. Em todos os setores e sociedades, a mudança para combustíveis fósseis tornou o ambiente mais húmido, mais quente e muito mais poluído.
Para combater o aquecimento global, certos governos estão encorajando modos de transporte mais ecológicos.




                                                                   O ferry híbrido Berlim (imagem  Scandlines)

Para breve as células de combustível para o mercado dos cruzeiros



O setor de transporte marítimo é um dos principais alvos para a redução de gases de efeito estufa, especialmente porque as emissões causadas pelos navios aumentaram com a recuperação da crise financeira global de 2008-2009. Um relatório do Conselho Internacional de Transporte Limpo observou que, entre 2013 e 2015, as emissões de CO 2 resultantes da navegação aumentaram de 910 para 932 milhões de toneladas. Além disso, embora a eficiência dos motores melhorasse em média, os navios queimavam mais combustível à medida que viajavam mais longe, com mais velocidade e com mais frequência.
Para reduzir as emissões, a IMO (OMI) adotou duas políticas principais.
Primeiro, o Índice de Projeto de Eficiência Energética (EEDI) exigirá que todos os navios construídos após 2025 sejam 30% mais eficientes do que aqueles construídos em 2014. Segundo, virados para as frotas existentes, o Plano de Gerenciamento de Eficiência Energética do Navio (SEEMP) promove modificações efetivas que melhorem o consumo de combustível.
 Embora essas medidas tenham sido criticadas por serem consideradas pouco, especialmente porque as regulamentações mais rigorosas para as novas construções afetam apenas cerca de 15% da frota global elas são o primeiro passo.

Enquanto navios de carga, porta-contentores, graneleiros e petroleiros emitem a maior parte dos gases de efeito estufa a nível mundial, os setores público e privado estão tentando cada vez mais reduzir a pegada de carbono dos ferries na medida em que a procura por este meio de transporte aumenta.
Anualmente, a indústria ferry transporta 2,1 mil milhões de pessoas, quase os 2,3 mil milhões passageiros que viajam de avião. Enquanto um ferry médio emite 0,12 kg de CO 2 por passageiro/quilômetro, significativamente menos do que aviões e cerca de metade da média do automóvel nos EUA, ainda é maior do que outras formas de transporte de massa, como os comboios. Os  ferries rápidos (HSC), que servem locais como as Ilhas Gregas e o Mar Báltico, são ainda mais poluentes.

Na Noruega a Norled AS ganhou concurso para a construçao de um ferry movido a hidrogénio


Para reduzir as emissões, as empresas estão explorando tecnologias de ponta, como energia híbrida e baterias elétricas. Como ferries normalmente fazem viagens mais curtas do que comboios ou aviões, são perfeitos para as capacidades atuais das baterias.
Em 2015, o governo norueguês começou a exigir que todos os novos operadores tivessem tecnologia de baixa ou zero emissões instalada. Enquanto isso, a UE está financiando uma variedade de projetos de ferries ecológicos, incluindo o "e-Ferry" da Dinamarca, 100% elétrico que funciona com a maior bateria do mundo e emite zero de gases do efeito estufa.
O fornecedor de soluções de armazenamento de energia baseado na Suíça, Leclanché, é um participante-chave no projeto e-Ferry. O Leclanché Marine Rack System (MRS), um sistema modular de baterias de íon de lítio que pode fornecer 4,2 Mwh de energia, evalimentará o e-Ferry, permitindo navegar até 21,4 milhas náuticas antes de recarregar. A meta é ter 10 e-Ferries em operação até 2020 e 100 até 2030, representando potencialmente uma redução total de 100.000 a 300.000 toneladas de emissões de CO 2 .

Para além do projecto e-Ferry liderado pela UE, estão em curso outros esforços na Dinamarca para o desenvolvimento de ferries ecológicos. O país peninsular está localizado no centro da densa rede de ferries no mar Báltico. Da capital, as embarcações partem para lugares tão próximos quanto o Kattegat na Suécia até lugares tão distantes como as Ilhas Faroe.



Photo RMC

A Corvus Energy ganha a maior encomenda do mundo de baterias para navios híbridos



Em 2013, a Scandlines, sediada em Copenhaga, tornou-se a primeira empresa de navegação do mundo a fazer uso de um sistema híbrido que armazena energia em baterias a bordo do navio. Anette Ustrup Svendsen.
Graças a essa inovação, as emissões de dióxido de carbono do ferry foram reduzidas em 15%. A Scandlines planeja reduzir o consumo de energia tanto quanto possível com seu Projeto Zero Emission, que está mudando os ferries da empresa para 100% elétrico.
Se o futuro dos ferries na Europa é promissor, na Ásia essa preocupação ecológica não existe, ou existe muito pouco. Preocupações do governo com os ferries limitam-se em melhorar a segurança em países arquipélagos, como a Indonésia e as Filipinas, em vez de minimizar as pegadas de carbono.


Apesar disso,na cidade portuária de Kaohsiung, em Taiwan, o primeiro ferry elétrico da Ásia entrou em serviço no ano passado com o objetivo de reduzir o uso de diesel em 65.000 litros e as emissões de CO2 em 170.000 quilos anualmente.
 À medida que as empresas de engenharia e design, juntamente com as operadoras  de todo o mundo, buscam soluções ecológicas, Silva, da ABB, salienta que, em última análise, os governos devem pressioná-los mais .

Incat Crowther projeta ferry Ro-Pax de 1000 Passageiros a China


Silva sugere a possibilidade de governos fornecerem apoio financeiro para novos projetos de construção como um meio de avançar para os ferries verdes. A julgar pelos projetos atuais em todo o mundo, enquanto se fazem importantes reformas em navios mais antigos, algumas das tecnologias mais promissoras, como baterias enormes e navios silenciosos, vão aparecendo nas novas construções.
Se os governos e as empresas mantiverem o ritmo, os passageiros dos ferries de amanhã não verão mais o fumo a sair pelas chaminés porque navegam com eletricidade.


Wallenius Marine projeta transportador de carros á vela



“Volcan de Timanfaya” liga Funchal a Portimão


A ligação marítima por ferry Funchal Portimão, deverá iniciar-se a 08 de Julho, com o navio, "Volcán de Timanfaya",  que é já conhecido dos Madeirenses, pois em 2006 efetuou as ligações entre Canarias e a Madeira.

Photo Wikipédia


Seabourn Odyssey regressa ao Porto Santo




O "Volcán de Timanfaya" efetuará as doze rotações programadas entre Portimão Madeira e Canarias.
 O ferry sairá na véspera, dia 07 de Julho, de Las Palmas escalando Santa Cruz de Tenerife, e chegando ao Funchal ás 08.15 do dia 08.  

O navio que no ano passado efetuou esta ligação,"Volcán de Tijarafe" continua na linha Gandia Ibiza Palma.

Construído no estaleiro Barreras, Vigo e em serviço desde março de 2005, tem 17.343 toneladas de  porte bruto e 142,40 metros de comprimento, estando equipado com dois motores Wärtsilä com a potencia de 16.800 kW e uma velocidade de 21 nós. Tem capacidade para 1.000 passageiros, 206 deles em cabines, 300 carros e 1.220 metros lineares para rargas roladas.

COSCO Shipping projeta navio para 25 mil TEU


sexta-feira, 3 de maio de 2019

Navio "Freewinds" de quarentena devido a surto de sarampo


O navio de cruzeiros “Freewinds”, de 134 metros de propriedade da Igreja de Scientology, foi colocado de quarentena, na ilha caribenha de St. Lucia, depois de ter sido descoberto um caso de sarampo a bordo.


Photo Wikimedia

“Mestre Jaime Feijó” já flutua



O navio foi fechado para impedir qualquer propagação potencial da doença altamente contagiosa que está se propagando nos Estados Unidos em um ritmo vertiginoso.

Quase 300 passageiros estão no navio em quarentena, e o caso confirmado faz parte da tripulação e é do sexo feminino, informou a NBC News.

Seabourn Odyssey regressa ao Porto Santo




Fonte//Gcaptain